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Comparativo: financiamento, leasing ou consórcio – qual a melhor opção?

A decisão de fazer um financiamento para adquirir um carro é um marco significativo na vida de muitas pessoas. Para muitos, representa liberdade, independência e uma realização pessoal. 

Mas tão importante quanto a escolha do modelo, da cor ou dos acessórios do carro, é a forma como você irá adquiri-lo. 

A modalidade de compra pode influenciar não apenas o valor final do veículo, mas também sua saúde financeira, seus planos futuros e até mesmo sua relação com esse bem ao longo dos anos.

Dentre as opções mais populares disponíveis no mercado brasileiro, três se destacam pelo volume de transações e pela relevância: o financiamento, o leasing (ou arrendamento mercantil) e o consórcio. 

Cada um com suas particularidades, vantagens e desvantagens, eles atendem a perfis e necessidades distintas. 

O desafio, então, é entender qual deles se alinha mais estreitamente aos seus objetivos e condições, garantindo uma decisão acertada e beneficiando sua experiência automotiva.

Financiamento

O financiamento é uma das formas mais comuns de adquirir um carro. Nele, uma instituição financeira (geralmente um banco) paga ao vendedor o valor do veículo e, em troca, o comprador, mesmo aquele com deficiência auditiva, compromete a pagar essa quantia de volta em parcelas, com juros.

Como funciona: após escolher o veículo, o comprador define o valor da entrada e o número de parcelas. Os juros são adicionados ao valor das parcelas, e sua taxa pode variar de acordo com a instituição financeira e o histórico de crédito do comprador.

Pontos positivos: permite que o comprador adquira o veículo imediatamente, oferecendo flexibilidade na escolha do prazo e das condições de pagamento.

Pontos negativos: o valor total pago pelo carro pode ser significativamente maior devido aos juros. Além disso, em caso de inadimplência, o veículo pode ser apreendido.

Leasing (Arrendamento Mercantil)

O leasing, também conhecido como arrendamento mercantil, é uma espécie de aluguel com opção de compra ao final do contrato.

Como funciona: uma arrendadora (geralmente uma instituição financeira) adquire o carro escolhido pelo cliente e o aluga para ele por um período determinado. Ao final desse período, o cliente tem a opção de comprar o carro por um valor previamente estabelecido, renovar o contrato ou devolver o veículo.

Pontos positivos: não afeta a capacidade de endividamento do arrendatário e frequentemente não exige entrada. Além disso, permite a troca frequente do veículo, mantendo-o sempre atualizado.

Pontos negativos: o cliente não é proprietário do carro durante o período de arrendamento, e o valor das parcelas pode ser mais elevado comparado ao financiamento.

Consórcio

O consórcio é uma modalidade de autofinanciamento. Nele, um grupo de pessoas se une com o objetivo comum de adquirir um bem, seja carro, casa com viga ou outra posse, e geralmente é intermediado por uma administradora.

Como funciona: cada participante paga uma mensalidade, e todos os meses, um ou mais membros são contemplados com a carta de crédito, que permite a compra do veículo. A contemplação pode ser por sorteio ou por lance.

Pontos positivos: não possui juros, apenas uma taxa administrativa. Promove uma disciplina financeira e pode ser uma opção para quem não tem urgência na aquisição.

Pontos negativos: pode haver demora para ser contemplado, especialmente se o consorciado não optar por dar lances. O valor da carta de crédito também pode não acompanhar a valorização dos veículos, dependendo da duração do consórcio.

Comparativo entre as três opções

Financiamento

  • Tempo de aquisição: imediato (após aprovação do crédito)
  • Custo total: valor do carro + juros e taxas
  • Necessidade de entrada: geralmente necessário
  • Riscos associados: inadimplência pode levar à perda do veículo
  • Flexibilidade: varia conforme instituição; possível refinanciamento

Leasing

  • Tempo de aquisição: imediato (após aprovação do contrato)
  • Custo total: valor das parcelas (aluguel) + valor residual (se optar pela compra ao final)
  • Necessidade de entrada: raramente necessário
  • Riscos associados: rescisão pode ter penalidades
  • Flexibilidade: possibilidade de trocar o veículo ao final do período

Consórcio

  • Tempo de aquisição: variável (pode ser rápido ou demorar, dependendo do sorteio ou lances)
  • Custo total: valor do carro + taxas administrativas
  • Necessidade de entrada: não é necessário
  • Riscos associados: demora na contemplação; variação do valor do bem
  • Flexibilidade: possibilidade de trocar de bem ou vender a carta

Dicas de como escolher a melhor opção

A escolha entre financiamento, leasing e consórcio deve levar em consideração sua situação financeira, urgência e objetivos a longo prazo.

Primeiramente, analise sua capacidade de pagamento e a quantia disponível para entrada. Se você possui um bom montante inicial, o financiamento pode ser mais vantajoso. Sem entrada, o leasing e o consórcio tornam-se opções atraentes. 

Quem deseja ser dono do veículo deve optar por financiamento ou consórcio, enquanto aqueles que preferem a flexibilidade de trocar de carro regularmente podem considerar o leasing.

Também é fundamental considerar riscos, portanto, pergunte sobre cenários futuros possíveis, como mudanças na sua renda. O consórcio, por exemplo, não tem juros, mas a contemplação pode demorar.

Outra dica é comparar taxas, condições e a reputação das instituições. Em muitos casos, uma rápida consulta com um especialista em finanças ou automóveis pode esclarecer dúvidas e direcionar sua decisão sobre a revisão de financiamento.

E lembre-se: sua escolha deve se alinhar ao seu perfil, necessidades e situação financeira. Então dedique um momento para reflexão e pesquisa antes de se escolher de fato uma opção.