Foi determinado pela Justi\u00e7a Federal, SP, que R$ 128 milh\u00f5es\nde A\u00e9cio neves, atual deputado federal, fosse bloqueado. Jo\u00e3o Batista\nGon\u00e7alves, presidente federal da 6\u00aa Vara Criminal SP, foi quem tomou a decis\u00e3o\nem rela\u00e7\u00e3o ao bloqueio do valor. De acordo com o juiz, h\u00e1 supostas de que o\nvalor \u00e9 il\u00edcita e foi obtido por A\u00e9cio entre 2014 e 2017. O MPF (Minist\u00e9rio\nP\u00fablico Federal) tamb\u00e9m solicitou que houvesse bloqueio em ativos financeiros\nde mais pessoas que est\u00e3o sob investiga\u00e7\u00e3o, atendendo essa solicita\u00e7\u00e3o o juiz\ndeterminou o bloqueio de mais R$ 226 milh\u00f5es de 5 empresas e 15 investigados. <\/p>\n\n\n\n
Para o Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal, enquanto A\u00e9cio Neves\nainda ocupava o cargo de Senador, ele teria pedido ao grupo J&F e para\nJoesley Batista vantagens inapropriadas pela promessa de favorec\u00ea-los num\nsuposto futuro de governo na presid\u00eancia. A den\u00fancia tamb\u00e9m informou que a\npromessa tamb\u00e9m inclu\u00eda a influ\u00eancia do governo de MS (Minas Gerais) para que\nfosse viabilizada a restitui\u00e7\u00e3o dos cr\u00e9ditos fiscais ICMS a favor de empresas\npertencentes ao grupo J&F.<\/p>\n\n\n\n
Segundo MPF, o deputado pode ter recebido o valor de R$ 128.049.063,00,\nsendo uma parte do valor recebida em 2014 durante as elei\u00e7\u00f5es e a outra na\ncompra de um pr\u00e9dio em BH. Ainda houve presta\u00e7\u00f5es pagas atrav\u00e9s da R\u00e1dio Arco\n\u00cdris da m\u00e3e e irm\u00e3 do deputado. <\/p>\n\n\n\n
Foram apontados pelo Minist\u00e9rio Federal cerca de 5 crimes\ncometidos por A\u00e9cio. O primeiro em que teria solicitado a Joesley cerca de R$\n100 milh\u00f5es para sua campanha presidencial. Segundo prometendo influ\u00eancia se\neleito, al\u00e9m das facilidades. Terceiro, a realiza\u00e7\u00e3o da compra de pr\u00e9dio em BH,\nque era do jornal Hoje em Dia da rede Globo, para que pudesse quitar as despesas\nde sua campanha para presid\u00eancia em 2014. A\u00e9cio teria socilicitado R$ 18 milh\u00f5es, mas\nrecebeu cerca de R$ 17,4 milh\u00f5es, atrav\u00e9s da r\u00e1dio de suas familiares, que\nseria para o custeio de suas despesas pessoais. O \u00faltimo envolve a solicita\u00e7\u00e3o\nde R$ 5 milh\u00f5es para a despesa de advogados. <\/p>\n\n\n\n
Para o Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal, existem ind\u00edcios de\ncrimes por corrup\u00e7\u00e3o passiva, associa\u00e7\u00e3o criminosa e lavagem de dinheiro. Foram\napresentados como provas os documentos de executivos do grupo da J&F,\nrelat\u00f3rios Coaf, elementos obtidos atrav\u00e9s da opera\u00e7\u00e3o Patmos e di\u00e1logos entre\nalgumas pessoas e relat\u00f3rios. Parte desses recursos adquiridos pelo ex-senador\ne atual deputado, teria sido utilizada para doa\u00e7\u00f5es oficiais ao PSDB, valores\nem esp\u00e9cie entregues, simula\u00e7\u00e3o da presta\u00e7\u00e3o de servi\u00e7o, emiss\u00e3o das notas\nfiscais falsas. <\/p>\n\n\n\n
Alberto Zacharias, advogado de defesa do deputado, disse que\n\u201cO bloqueio das contas pessoais de seu cliente \u00e9 inusitada e incompreens\u00edvel. E\nque apresentou recursos de contesta\u00e7\u00e3o. Pois, considera a determina\u00e7\u00e3o injusta,\ndevido aos valores terem sido, em sua maioria, de acordo com os delatores,\ndoa\u00e7\u00f5es feitas pela empresa JBS para elei\u00e7\u00e3o a muitos partidos pol\u00edticos na\n\u00e9poca, doa\u00e7\u00f5es essas declaradas ao TSE. Sendo o destino final deles o s\npartidos pol\u00edticos ligados ao PSDB. Jamais teve acusa\u00e7\u00f5es de benef\u00edcios pessoais\ndo Deputado\u201d.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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