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A cada dois anos uma empresa de companhia aérea quebra no Brasil

No dia 7 de maio, terça-feira, ocorreu um leilão em um edifício localizado perto da famosa Avenida Paulista, em São Paulo, o qual deveria terminar com outra companhia aérea no país.

Desde 2001 é comum que a cada 2 anos ao menos uma empresa encerre suas operações no país, agora a Avianca será a 11° na lista.

Esses casos de recuperação judicial ou até mesmo falência nas aviações não acontecem somente no Brasil. Este ano, mais nove companhias aéreas com dívidas muito altas deixaram de circular pelo mundo, desde os menores como a Airphilip (Sul-Coreana), às mais renomadas como Jet Airways, uma das ex- maiores empresas aéreas da Índia.

Nos Estados Unidos, empresas como Delta, American Airlines, United, recorreram ao Chapter 11 (um modo de recuperação judicial).

Os fatores que envolvem essa taxa de falência e saída de empresas desse mercado são os investimentos volumosos, contrato de logo prazo de arrendadora de aeronave, preço do dólar, variação nos valores do combustível, entre outros.  

Segundo o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, “Essa indústria é complicado em todo o mundo. É comum a incerteza de curto prazo relacionadas as demandas e necessidades de decidir qual será o planejamento a longo prazo, como exemplo, o tamanho das frotas. As decisões são difíceis de encarar”.

No caso da Avianca, há duas decisões que se tornaram inviáveis ao longo dos últimos anos. A primeira fora não ter atitude de enxugar sua frota no período mais delicado do setor no país, em 2015 e 2016. Onde a crise econômica foi responsável por diminuir a demanda desse meio de transportes, devidoaos custos pressionados pela alta do petróleo e dólar.

Nesses período, houveram diversas apostas sobre a falência da Gol – por conta do seu endividamento – mas, a empresa conseguir renegociar com seus credores, além de planejarem estratégias para devolução de algumas aeronaves, o que garantiu a recuperação. As empresas Latam e Azul adotaram estratégias parecidas em suas frotas, além disso, a Latam realizou a venda de uma participação a Qatar e a Azul abriu mais capital.

No entanto, a Avianca, não diminuiu seu número de aeronaves, pois deseja ganhar maior participação no mercado. No ano de 2017, a empresa criou sua participação em mercado internacional, o que foi um erro, pois os vôos para os países exteriores custam dez vezes mais que um nacional. Se a aeronave não sair completa, há muito prejuízo. Essa operação desfavoreceu de forma rápida o caixa da companhia, o qual já passava por dificuldades.

Os resultados da Avianca nunca estiveram entre os melhores, devido a  circular em rotas feitas pela Gol e Latam.

A empresa Gol foi a primeira a aderir ao modelo de negócio com baixo custo, o que obrigou a companhia Latam a seguir pelo mesmo caminho. Com aeronaves novas, eficientes e com uma alta utilização de sua frota, a Gol foi a companhia aérea que estreou em seu segmento com o custo de 40% inferioe ao de empresas como Latam e Varig.

A Varig foi outra companhia que quebrou por resistir ao necessário corte de custo para recuperação. A Latam conseguiu evitar a falência por diminuir os custos.